OS PREPARATIVOS DE ÚLTIMA HORA
Eles, oficialmente, já não eram mais noivos, eram marido e mulher. Haviam se casado no civil, em Lisboa. Mas a família dela, em particular o clã da mãe, acreanos, artistas e intelectuais e proprietários de uma casa em Olhos D’Água, Goiás, queria comemorar a união. A família dele, por sua vez, agricultores e empresários holandeses estabelecidos há décadas no interior de São Paulo, tampouco foi contrária à idéia de um casamento na roça. Teve deles que até veio da própria Holanda.
Casamentos sempre dão trabalho. Havia, na véspera do dia marcado, e ao longo dele, costuras por serem arrematadas, leitoas por serem assadas, bacalhaus por serem incorporados a tortas, vacas a serem atoladas, flores de papel a serem finalizadas e penduradas em arcos ainda incipientes, velas a serem distribuídas em cantos estratégicos, som a ser testado, frutas a serem cortadas de forma ornamental. Os familiares (irmãos, tios, primos, pais, sobrinhos e os próprios nubentes) e alguns dos convidados eram parte da equipe que cuidou disso tudo.
É bem verdade, contudo, que a maioria dos preparativos já estava concluída. A vizinha, por exemplo, havia cedido e decorado o circo do seu quintal, e a cerca que separava os dois terrenos tinha sido posta a baixo numa certa altura, para que o festejo ocorresse ao longo das duas propriedades.
A foto das flores de papel ficou super colorida e bonita, gostei muito do comentário sobre os pratos servidos na festa do casamento caipira, Ísis e Peter,” a vaca já estava atolada” rssrs. (Silene, mãe da noiva)